sábado, 19 de novembro de 2011

Eu não sei...

É a primeira vez que recorro à escritura como saída de um caos fantasmagórico... Não sei o que me assombra, não sei o que há de errado e não sei se há algo realmente certo. Há tempos uma sensação de solidão me assombra, mas não sei de onde ela vem e muito menos aonde ela pretende chegar.
Sinto-me num labirinto onde a saída é algo que não consigo achar, aliás, nunca parei pra me perguntar... Será mesmo, que este enigmático quebra-cabeça psicológico, tem saída? Sim, é claro que tem, por mais que eu acredite que a mesma seja inexistente, ainda prefiro acreditar que há uma saída. Há uma solução pra tudo e como meu pai e minha mãe dizem, menos pra morte.
Às vezes, quando bate aquele tédio aparentemente sem fim, encontro tempo para pensar, refletir sobre quem eu sou e as coisas que realmente quero próximas a mim. Música? Sim, música! É basicamente ou, literalmente, o meu refúgio quando estou prestes a cair em um abismo sem fim por causa destas assombrações.
Acho que o grande problema de toda esta confusão, de todo esse constante pane mental é que me sinto estranhamente sozinho. Ainda que eu ache ter controle sobre meu cérebro, acho que ele tem um interruptor aonde se liga ou se desliga o modo aleatório dos pensamentos, não sei quem o faz. As idéias vêm e vão com uma velocidade exponencialmente crescente. Não sei dizer por que isto acontece, gostaria de saber... É uma incógnita instalada em minha cabeça, a qual meu cérebro tenta obstinadamente decifrar. Procuro alguém que me entenda, não menosprezo nenhum dos meus amigos e familiares por não o fazerem, jamais faria uma coisa dessas, pois eles são tudo pra mim, porém, sei que o problema está comigo, na forma de como dizer e de como explicar as coisas. Mas como explicar algo que não sei o que é? No fundo, no fundo, preciso admitir que não sou nenhum tipo de herói, nenhum tipo de pessoa cuja existência é rara. Eu preciso admitir que sou humano e que preciso de ajuda, porém, o meu maior medo é de me sentir fraco e incapaz.
Não sei se outras pessoas se encontram no mesmo lugar que eu. Adoraria descobri-las, adoraria saber o que dizer, mas ainda que tenha escrito tudo isso, acredito que não tenha conseguido explicar o que está acontecendo. É isso que tem me acontecido aleatoriamente e inesperadamente, embora na maioria das vezes sinta que tudo está certo, ainda sinto algo desconhecido me perturbando. Eu não sei... Mas eu juro que eu gostaria de saber, porém... Sinto-me sozinho e ainda nem descobri... Por que.