quinta-feira, 9 de julho de 2015

Ninho.


Fique com alguém que segure sua mão.

Fique com alguém que te valorize.

Fique com alguém que te dê forças pra acreditar mesmo sem saber por quê.

Fique com alguém que seja mais forte do que qualquer dúvida.

Fique com alguém que aceite seus braços pra se reerguer.

Fique com alguém que você não necessita pra viver.

Fique com alguém que te dê a mão pra te levantar.

Fique com alguém que deixe você ser você.

Fique com alguém que tenha qualidades pra você valorizar.

Fique com alguém que você admira.

Fique com alguém que te ensine.

Fique com alguém que seja seu refúgio.

Fique com alguém que faça você se sentir sem peso.

Fique com alguém que você quer dividir seus momentos de mais felicidade.

Fique com alguém que deixe você mudar.

Fique com alguém que faça você mudar.

Fique com alguém que te deixe livre.

Fique com alguém que valorize seus aprendizados.

Fique com alguém que te dê sem querer receber em troca.

Fique com alguém que te dê carinho.

Fique com alguém que você enxergue além do que você pode ver e o do que você pode tocar.

Fique com alguém que te mostre que o infinito pode existir.

Fique com alguém que te faça enxergar o futuro.

Fique com alguém que te mostre que a vida é feita de vírgulas e não de pontos finais.

Fique com alguém que te faça não querer aceitar que a vida é efêmera (e não queira).

Fique com alguém que te complete.

Fique com alguém que te ensine você a se amar.

Fique com alguém: que você ame.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Você meu poema.


Seus olhos
Sua boca
Seu sorriso
Seu cabelo
Seu cheiro
Suas costas
Sua pele
Suas costelas
Sua voz
                                               Sua risada
Seu calor
                                               Seu sabor
Seu corpo
                                               Meu paraíso
Viu
                                               Como você
Inteira
                                               É
Um
                                               Poema?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Pára-ressaca.


Tão linda, mas tão linda que
Quando a vejo o mundo para!
O meu corpo se congela e
Acabo virando estátua.

Olhos tão azuizinhos que sou
Capaz de neles mergulhar,
Contar os peixes e até
Trazer uma estrela-do-mar.

Esses cachos que vão e voltam
Sem sequer saírem do lugar.
Me fazem viajar pra onde quer
Que você possa estar.

Se eu conseguir contar as estrelas
Que quero te encontrar,
Será que até você
Elas vão me guiar?

O dia que não terminou


É o barulho das rodas no asfalto molhado,
O som do avião decolando,
O ruído do vento soprando,
O frio da madrugada chegando
Com os semáforos ainda piscando...

Pra ninguém.

Eu nunca imaginei
Que despedidas sem “adeus”
Amargurassem tanto minha boca
Quanto um chocolate que
Eu jamais experimentei.

Nunca, nunca pensei
Que fosse tão destrutiva
A ideia de saber que
Não existirá uma segunda vez.

O desconhecimento me rasga mais
Brutalmente
A cada instante:
Você está bem?
Onde você está?
O que você está fazendo?
O que está sentindo ou
Por onde está andando?
Está segura?
(...)

[Neste exato momento...]

Está muito, muito frio
Sem você aqui.

Por quê?
Por que tanta angústia,
Tanto sofrimento
De uma só vez?