quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Sim


Me deixa ficar tranquilo
Saber que posso esperar
Não importa o quanto
Que não vai me deixar.

Me permita voar livremente
Pelos meus sonhos à dois
Sem ter medo da queda
Sem ter medo consistente.

Me faz saber que
Os planos que tenho, um dia
Podem se tornar realidade.

Me fala
Me faz
Me completa

Mas não me nega

Que
Eu te falo
Eu te faço
Eu te digo
Pra sempre

Sim

Na endoderme da alma.


“Faz parte de mim. Está na minha essência criar expectativas além da conta e ser pessimista a todo tempo. Quase uma bipolaridade. Quase uma rotina. É de praxe fantasiar, criar situações, planejar futuros que estou doido pra que se tornem um presente. Sempre antes da hora, nunca consigo esperar. É comum pisar no acelerador como se não houvesse amanhã e como se não tivesse marchas a passar.
Porém há momentos que as esperanças se perdem em meio a tanta ansiedade e tornam-se desespero. Desespero por necessidade, por vontade ou talvez somente por hábito. Nestes momentos eu me perco junto às esperanças, não sei mais onde está o eixo referencial e viajo com pensamentos pessimistas. Por que achar, pela milionésima vez, que tudo vai dar certo quando você tem um histórico de 1001 besteiras feitas?
Não há como fugir. É como tentar fugir da própria sombra, é algo que está sempre te seguindo, sempre ali, atrás de você. Ou, talvez, é seja difícil quanto largar um vício qualquer.
Embora ainda tenha esperanças (de novo) de que tudo pode dar certo, volto ao segundo parágrafo. Volto a perder as esperanças e me acomodar no pessimismo.
A vida é uma batalha anual, mensal, semanal e até mesmo diária que temos que enfrentar. A todo tempo você tem algo pra te derrubar e pensamentos no subconsciente pra te fazerem desandar e acreditar que tudo vai dar errado mas, ainda sim, você insiste. E deve insistir até se encontrar.
O pouco otimismo, um tanto surrado, que me resta é o meu combustível em busca dos meus objetivos. Luto pra que o dia em que o combustível se esgota não chegue. Caso contrário a carruagem não vai mais conseguir se sustentar nem sequer pra frente andar.”