sábado, 16 de agosto de 2014

Ela.


Eu gostava de vê-la.
Eu gostava de ficar olhando horas pra ela.
Eu gostava (muito) dela, mais do que eu mesmo sabia.
Gostava de colocá-la num pedestal, de achar que era uma rainha intocável: um sonho só meu.
Gostava de admirar seus olhos, a maneira como eles sorriam e diziam muitas coisas sobre ela pra mim.
Gostava de ouvir sua voz ecoando pelas paredes da minha cabeça.
Adorava vê-la andar e a forma como seus cabelos balançavam ao vento.
Gostava de ouvir suas histórias, suas gargalhadas e ideias doidas.
Amava a sua companhia, sua presença, o seu estar que fazia o meu bem-estar.
Adorava quando seu cheiro demorava semanas pra sair das minhas roupas.
Gostava do seu toque delicado, dos seus abraços e beijos cheios de vontade.
Eu ficava bobo,
Eu adorava tudo.
Eu adorava ela.
Na verdade,
Eu só ainda não sabia, mas
Eu amava ela!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Doce Ilusão.


As asas vão batendo aos poucos.
Levando-nos pra bem longe,
P’rum lugar onde a gente
Sempre quis estar e
Sempre quis chegar.

Um sonho pra lá,
Uma vontade acolá e
Um desespero pra cá.

Já está bem longe!
Longe da realidade,
Longe da sobriedade.
Mas o que importa é que
Pensa que esta perto da
Felicidade.

É uma suspeita aí,
Um furo ali,
E uma ferida que fica
Bem aqui.

A queda,
A realidade,
A gravidade.
O início do desespero
Sem fim!

A gente cria todo o espetáculo
Pra esquecer a solidão.
Depois descobre que era tudo
Fruto da imaginação, pra
Terminar sentado no chão...

Doce ilusão.

sábado, 2 de agosto de 2014

De mim pra ti um pedaço de nós.


Sou capaz de me derreter em lágrimas
Pelas lembranças, pelas memórias.
Por todos os fatos, todos os momentos
Que fazem parte das nossas histórias.

História essa, que me soa um tanto
Incompleta, pela metade.
Há muito mais para ser escrito,
Não pode terminar sem fim.
Não terminará...!

A verdade é que as lembranças são tão reais
Que quase te sinto do lado.
Deste jeito, incompleto, incerto, é na
Saudade que estou encostado.

Já não sei mais lidar com tamanho sentimento.
Não sei mais onde guardar esse desespero,
Com as tuas cartas e lembranças,
Nem com isto mais eu me contento.

Não sei mais acordar sem olhar
Pro jeito que, nas manhãs, você sorria.
Devagar e em par, eu descobri que era você a
Minha estrela-guia.