terça-feira, 19 de novembro de 2013

Uva passas ou morango?


Cá estou eu numa dessas madrugadas aleatórias me perguntando se tudo isso é amor ou se é só euforia semanal de um coração imaturo. E se eu te disser que estou doido pra ouvir tua voz a essa hora, que tu farás? Darás trela ao meu pedido importuno ou virarás de lado na cama pra esquecer?
É deste jeito que me deixas louco, deste jeito que me entorta as linhas dos passos na rua quando me pego pensando em ti. Por que não estas aqui, comigo, do lado, suspirando em meu pescoço e sussurrando versos em meu ouvido? Teu calor seria bem vindo e lindo. A madrugada nebulosa viraria dia ensolarado num piscar de olhos. Ou melhor, o barulho que farias ao chegar, me deixaria atordoado de felicidade, como uma criança que acaba de ver Papai Noel em meados de Dezembro.
 Seria demais mandar-lhe flores sem me identificar? Ou preferirias que me identificasse pra saber quem é que fica bobo e rosado quando está doido de amores (ou euforias)?
Qualquer dia destes a campainha tocará e serei eu o terceiro à tua porta. Há alguns carinhos e agrados aqui guardados esperando ociosamente por um destinatário. O tempo passa, mas a vontade não despassa de entregá-los a ti.
Farei teu café, teu cabelo, teus olhos... E me perderei de vez em tuas curvas ao raiar da manhã. E por fim, deixarei a dúvida de lado, meu bem, apenas pra te perguntar:
“Vais querer uva passas ou morango pro café à dois?”

domingo, 17 de novembro de 2013

#Desabafo: A que ponto chegamos...

                Estou acostumado a ver diversas e diversas formas de covardia, mas também estou acostumado a fechar os olhos para algumas delas. Aliás, quem não está, não é mesmo? Quem nunca foi exposto a uma cena, que deixou o resto do dia num clima ruim, e depois virou na primeira esquina? Quem nunca...!      

Hoje, na verdade, agora à tarde vi uma postagem que deixou minhas lágrimas da iminência de transbordarem. Uma carta, um pedido de socorro de um escravo chinês havia sido encontrado dentro de um brinquedo segundo a postagem em uma rede social. O primeiro fato a chocar é o contraste: “brinquedo” e “pedido de socorro de um escravo”. Depois do primeiro, poderia pensar até o dia virar noite em fatos chocantes com relação a isso.

Eu realmente fico sem o que dizer quanto a isso. Encontro-me num daqueles momentos que não tenho recursos pra descrever o que sinto.

Por que as coisas têm de ser assim? Já não bastam as covardias dos milhares de séculos estudados por nós na escola? Não é suficiente tudo aquilo que nos é mostrado em filmes, documentário e afim? 


Eu sinto muito, mas a dose de covardia por hoje foi forte demais e a ressaca vai durar dias. Não sei afirmar quanto à veracidade da postagem, mas não duvido de mais nada. Realmente cansado de ser impotente quanto a realização em massa de tais atos. Cansado de saber que todo dia, toda hora animais e pessoas são espancadas, violentadas, torturadas até não se sabe quando e às vezes não se sabe ao menos o porquê. A revolta é tão grande que eu preciso extravasar. Esse traço de ignorância na personalidade humana me deprime e me revolta. Atos de covardia e ignorância não merecem pudor na hora do arrependimento. Não tenho palavras pra descrever o quanto isso me faz perder a esperança na humanidade e o quanto isso faz eu me sentir em pedaços.