sábado, 15 de fevereiro de 2014

“Faça o seu melhor e
Esqueça o resto!
Você é mais forte
Do que você pensa!”

Tempo perdido.


E às vezes,
Às vezes de repente,
As lembranças ruins,
O veneno que ficou,
Não fazem mais sentido.

É instável, não é sólido,
Mas às vezes parece possível
Que ainda exista alguma luz
No fim do túnel.

Quando for pra mudar,
Focar toda a energia não em
Destruir o passado,
Mas em
Construir um novo futuro.

A calma, a paciência parece
O melhor remédio.
É instável, digo.
É necessário controle,
Mas parece possível.

Costuma ser curta a duração
Mas, às vezes,
Mesmo que por segundos,
Ser tomado pelo positivismo
É a melhor sensação do mundo!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Gelo, elo, o.


Repleto de medos,
Rodeado de insegurança.
O que fazer?
Não mais viver?

Medo de pessoas,
Da vida,
Do inesperado,
Do tão esperado:
Do ainda não vivido.

Ou vivido e
Mal recordado.

Medo de arriscar,
Medo do que é novo...
Medo de que mesmo?

Antes da hora, na hora,
A todo o tempo,
A todo o instante.
Instabilidade.

Melhor fazer um iglu,
Alugar um chalé.
No canto ficar,
Sem nada de novo pra
Tentar.

Suposta paz do comodismo, diria.
Paz da solidão,
Paz da ausência de pressão.

Pressão própria,
Supostamente de fora, talvez.

(Pára! É loucura!
Pensar demais enlouquece!)

De repente eu estou é doido,
Querendo doideiras duma vez só
Ou somente condicionado,
Acostumado com a loucura.

Louco, nunca, talvez.

Ficar longe, para bem de longe
Durante todo o sempre,
Curtir a loucura que seria
Curtir a vida de perto!

Pode o mundo girar e a gente
Só contemplar?
Pode estar ao meio e estar fora,
Agindo sempre como
Recheio que escorre pela borda?

domingo, 2 de fevereiro de 2014

“E de repente, repentinamente, bate a vontade de chorar a tristeza dos outros. Chorar a lágrima que ele não chorou, sentir a dor e o sofrimento que ela não sofreu... É uma solidariedade estranha e um masoquismo perverso. Desenfreados. Insistem em me perturbar.
Uma mágoa, um algo não resolvido puxa o outro... E aí vai... vai sorrateiramente tudo se desmoronando, e eu fico de novo em pedaços.”

Masoquismo, ócio, terapia, positivismo: humanos.


            "É algo incontrolável, mas que já virou hábito. Seja pelo outro, ou seja por si mesmo. Sofrer. Querer sofrer mesmo que não haja causa nem por que. Talvez seja tédio e o dito popular se aplique: “Cabeça vazia, oficina do diabo.”. Se for por aí, então deveria evitar o tédio? A impaciência? A ansiedade?
            Grande parte das vezes quando estamos entediados e sem algo pra pensar começamos a refletir. E aí cada vez mais pensamentos, reflexões das reflexões, questionamentos das próprias verdades... É uma coisa doida!
Todos nós temos um masoquista dentro de nós. Pensar demais enlouquece, sabemos disso! E ainda sim, quando estamos sem sono, entediados, ociosos, insistimos em refletir, analisar demais... Reviramos o baú das memórias da vida pra reviver momentos, mas terminamos quase sempre onde não queremos, achando algo errado. Achando um erro, uma insatisfação. Sempre procurando uma nova incoerência pra satisfazer o ócio de estar em paz consigo mesmo. Sempre querendo ver um novo erro onde tudo está certo... E assim ficamos loucos. Vivemos loucos. Fazemos da nossa cabeça o próprio inferno de cada dia, de cada noite, de cada momento de inatividade.
O mais curioso disso tudo é que sofremos por coisas desnecessárias e queremos nos mostrar cada vez mais gigantes, cada vez mais inabaláveis pro mundo. Poucos são aqueles que tem coragem de admitir que estão ali por si mesmos, sem posturas defensivas. Que tem os problemas que todo mundo tem, que precisam de ajuda, que são como todo mundo é, mas não admite ser. É tudo de cabeça-para-baixo. De trás pra frente ou fora de ordem.
Bem, se a gente quer ficar em paz, a gente tem de se permitir ficar em paz. Se libertar e ser quem a gente sempre foi, mas esqueceu que era. Quem a gente deixou pelo caminho, pelas reflexões. Perdido no meio das perturbações. E se a gente quer se encontrar, viver sem máscaras, vale a sinceridade como primeiro passo. É um dom que temos, mas que quase nunca queremos usar. Sinceridade tira o peso, lava, livra, liberta...

Assim, de repente, sem a gente nem se dar conta a paz nos retorna. Cabe a nós conservá-la. Calma, força e paz! Que devagar tudo vai voltando pra onde deveria ter ficado. Devagar a gente se encontra novamente com quem a gente se desencontrou antes de se questionar insaciavelmente."