terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Gelo, elo, o.


Repleto de medos,
Rodeado de insegurança.
O que fazer?
Não mais viver?

Medo de pessoas,
Da vida,
Do inesperado,
Do tão esperado:
Do ainda não vivido.

Ou vivido e
Mal recordado.

Medo de arriscar,
Medo do que é novo...
Medo de que mesmo?

Antes da hora, na hora,
A todo o tempo,
A todo o instante.
Instabilidade.

Melhor fazer um iglu,
Alugar um chalé.
No canto ficar,
Sem nada de novo pra
Tentar.

Suposta paz do comodismo, diria.
Paz da solidão,
Paz da ausência de pressão.

Pressão própria,
Supostamente de fora, talvez.

(Pára! É loucura!
Pensar demais enlouquece!)

De repente eu estou é doido,
Querendo doideiras duma vez só
Ou somente condicionado,
Acostumado com a loucura.

Louco, nunca, talvez.

Ficar longe, para bem de longe
Durante todo o sempre,
Curtir a loucura que seria
Curtir a vida de perto!

Pode o mundo girar e a gente
Só contemplar?
Pode estar ao meio e estar fora,
Agindo sempre como
Recheio que escorre pela borda?

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