segunda-feira, 15 de setembro de 2014

I m a g i n e


Eu não a conheço,
Nunca troquei sequer uma palavra com você.
Entregar-lhe este manuscrito talvez seja uma boa oportunidade.
Apenas tive a oportunidade de ouvir sua voz e suas gargalhadas
Ecoarem ao meu redor.
Mas admito que
Quando o Sol ilumina seu rosto,
Quando o vento sopra seus cabelos e
Você abre este sorriso,
O meu ar... Eu não sei pra onde vai.
Eu fico sem saber o que fazer,
Sem raciocinar direito.

Parado. Estático. Congelado.

O que partilhamos é a mesma cidade,
Talvez alguns poucos mesmos caminhos,
Alguns amigos em comum...
Muito pouco perto do que imaginei...

Pra ser sincero, esta noite
Meus desejos me tomaram,
Lutei até o último segundo, mas perdi.
A minha imaginação foi longe e
Eu quis que compartilhássemos
O mesmo espaço,
O mesmo momento,
A mesma atmosfera e
Os mesmos sentimentos.

Não tenho defesa perante ao teu sorriso,
Eu não resisto a essa vontade
De te olhar e admirar.

Um dia há de acontecer:
Os nossos caminhos vão se cruzar e
De olhos abertos eu vou sonhar!

Intensamente.
“Ah musas dos meus poemas!
Se vocês soubesse que vocês são o que são,
Não sei o que fariam.
Mas é melhor assim...”

Metalinguagem do reflexo.


Poeta é:
Um sonhador,
Um apaixonado de muitos corações,
Um remador de barco sem direções.
Um ingênuo,
Um perdido,
Que se deixa levar
Por qualquer bem-estar (a sonhar).
Guiado pelos sorrisos, pelas vozes, pelos toques das
Momentâneas paixões.
Não sabe nunca pra onde vai,
Não sabe nunca onde vai parar,
Apenas vai.

Poeta sou eu
Sou um poeta

Será?

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Mutação.


            Eram boas pessoas. São boas pessoas, eu juro. Eu vejo nos olhos a manifestação da inocência e da ingenuidade. Mas vejo também o problema. Foram pessoas que se transformaram por causa do fascínio pelas circunstâncias. Deixaram suas fraquezas serem mascaradas pelas suas fantasias e assim perderam seus rumos. Vão se encontrar novamente? Eu espero. É muito fácil assumir a derrota ou buscar a inércia quando se tem medo do novo, do ainda não vivido. É fácil também não superar a fraqueza e viver na ilusão do prazer fácil. Deixar tudo mascarado.
            Quanto maior e mais intensa a fantasia, maior o choque, maior a frustração. Então cuidado! Compare seus caminhos escolhidos, cuide e controle bem o seu circo de fantasias e o seu teatro imperceptível de cada dia.

A solução de todos os problemas.


O erro foi esse:
Eu te quis demais.
Eu te quis demais porque sei que é
Felicidade que você me traz.

Eu sei.
Mal ou bem,
Eu ainda sei.
Tudo ficou e continua como você deixou.
Como você deixou...

Ainda há alguns (muitos) beijos e afetos pra te entregar.
Foi uma rasteira enorme aceitar
Que não poderia mais por perto te ter.
Eu só quero que chegue logo o dia
Em que você vai estar disposta a receber:
Tudo que eu reprimi, tudo que eu guardei em mim...
Tudo que era pra ti!

É tanta coisa, em meio ao desespero, que eu quero dizer,
Tanto que há pra dizer,
Que eu não sei nem como...
No seu ouvido?
Do seu lado?

[...]

Este poema pausa como a nossa história pausou:
De repente.

E um dia ele ainda há de continuar,
Assim como nós...

Eu sei que há!