O que fazer quando você teme seu futuro ?
“Se por acaso um dia eu me
envolver em uma briga, um conflito virtual ou qualquer coisa do tipo que eu
esteja bem na merda e precise de uma mão amiga pra me tirar do buraco...”
Huuum, essa parte aí do final não colou bem, acho que esse papo de mão amiga comigo,
não rola. Não vai ter ninguém pra me tirar do buraco. Ninguém. Acho que se
tivesse numa briga... Quem estaria lá apanhando e batendo apenas pra me salvar?
Acho que se eu estivesse internado em estado grave ou não, apenas internado...
Quem iria aparecer lá dizendo estar preocupado com a minha saúde, me desejando
melhoras e que eu ficasse logo sarado? Acho que se eu estivesse competindo por
algum premio ou algo do tipo... Quem estaria nas arquibancadas por mim ?
Gritando meu nome, me dando apoio, e dizendo ao final da competição que o mais
importante é competir, não é ganhar nem perder? Acho que se eu morrese... quem
choraria ? Se importaria, jogaria rosas sobre o meu caixão, soltaria palavras
ao vento na esperança de o vento as levassem de encontro aos meus ouvidos,
pediria pra eu voltar uma vez apenas pra poder se despedir por achar que apenas
um último “Adeus!” não é o bastante? É! Eu acho bastante. Mas não vejo problema
em achar, porque achar é apenas achar. O problema é que estou começando achar
que tudo se resume na solidão, na dor e na perdição. Começando a achar que
tenho certeza da resposta pra todos esses “achares” e questionamentos. O
problema não é achar, não é começar, dar continuidade, terminar nem mesmo
“começar a achar”. O problema é começar-sentir-a-ter certeza de que não estou
enganado e que a tal resposta pra todas as reflexões é apenas: “Ninguém”.