sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Maringá


Vontade de esquecer
Das vontades.
Desejo de esquecer
Dos problemas.

De tudo aquilo que passa,
De tudo aquilo que incomoda,
Me ultrapassa e
Me deixa sempre pra trás
No tempo, no canto,
Em mim, esquecido.

Ali, distante de tudo.

Esquecido de quem sou,
Esquecido de como o mundo gira.
De como a realidade me tira
Da paz, do conforto,
Do bem estar, do meu ser
Previamente capaz.

São tantas as vontades
Que até me confundo e
Paro sempre nas metades,
De mim, de tudo,
Do viver do mundo.

E assim as coisas vão...
Assim se forma
O meu inteiro.
Sempre de metades,
De poucos e de tempestades.

O tempo passa e é anseio
Que se vai de vez.
Temor que fica naquilo
Que ainda não se fez.
Medo que atinge o que
Não era pra atingir.

Medo que extingue a
Vontade de ainda existir.

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