quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Madrugada - Confusão - Talvez

 

"Eu já quis chorar pelos outros, dividir a dor de todos mas, parei, e me perguntei o porquê. Ainda tenho sérias dúvidas sobre este fato. Eu não sei se eu estava sendo solidário (que modo mais estranho de ser solidário, não?) ou se estava com dores acumuladas, as quais eu não conseguia colocar pra fora pois estava precisando de um "empurrãozinho" lacrimal.
Já me questionei inúmeras vezes pra descobrir se sou um indivíduo que tem pena de si mesmo ou se sou mais um desiludido desses que tem por aí. Acho, sinceramente, que a segunda é mais válida do que a primeira. Quem está de fora das situações enxerga muito melhor do que quem está dentro. Parece fácil, mas é difícil (não me diga que um belo dia eu vou ter de aprender, por favor... Tenho consciência da minha burrice e isso me dá medo, pois talvez eu não aprenda nunca). As coisas não ficam claras e eu termino me afogando em confusões consecutivas e crescentes.
Difícil, difícil terminar uma reflexão com uma certeza, uma certeza agradável, que conforta a mente como se dúvida não houvesse mais.
Já cogitei possibilidades pra fugir desse tormento que as pessoas nunca pensariam que cogitaria (talvez agora saibam). "Eu não sei" é a frase mais dita por mim mesmo. Talvez seja verdade ou talvez eu tenha medo de descobrir a verdade. Calha que nunca sei de nada. Não julgo meus conceitos e minhas conclusões como explicações que me satisfazem, eu acho que eu sou é um eterno insatisfeito que não se conhece. Que na busca pela verdade, acredita em mentiras tentando torná-las verdadeiras e um montar um perfil próprio, um perfil que talvez um dia agrade.
Mais uma vez eu digo: "Não sei!", não sei se estou fazendo tempestade em copo d'água. Se estiver, sou apenas uma formiga que se afoga nas ondas de um simples e diminuto copo.
Me bate uma vontade precipitada, talvez, e egocêntrica de deixar tudo pra trás, me livrar de uma vez por todas de todas as tempestades mentais. É mais uma das coisas que não tenho coragem de fazer (ainda).
Eu me odeio (será?)."

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