sábado, 28 de setembro de 2013



O problema de não ter uma bola de cristal.




"Ao certo eu não sei dizer se vivo uma realidade ou uma mentira. Será que estou depositando minhas energias em algo fictício na esperança de um futuro melhor? Nessas horas queria uma bola de cristal. Uma bola de cristal não pra saber como será, mas se será. Saber se todo o plano vital dará certo ou se vou descobrir que era apenas mais uma das minhas 1001 ilusões. Eu juro que me esforço, faço o meu melhor pra que tudo dê certo, tudo corra como planejado e eu tenha a certeza de que sou um ser capaz de escrever o próprio destino, num livro completamente em branco, sem ideias premeditadas. Por agora, nada tem passado de meras especulações. Às vezes é difícil acreditar que tudo isso pode dar certo, que toda essa insegurança terá uma resposta positiva e sólida. Mas como havia dito, faço meu melhor. Vale arriscar? Sim, é válido. Não escondo que a insegurança intimida, atormenta e retrai a alma. Ao passo que o desconhecimento do futuro é um motivador, é um perturbador da certeza vital. [...]



Seria nossa vida um conjunto de ciclos?




[...] Confesso que a resposta pra essa pergunta tem tirado a tranquilidade das minhas manhãs e o sono das minhas noites. Determinadas experiências me mostraram que não saber sobre o futuro é algo positivo, todavia as demais provaram o contrário. Havia momentos que acreditava estar vivendo algo totalmente novo e desligado de futuras repetições, porém não. Passado um breve espaço de tempo percebi que a nova experiência se tratava nada mais nada menos que de um novo ciclo da vida, uma metáfora paralelamente diferente de algo já vivido, uma nova forma de viver a velha história. Chegou um ponto que estava demasiadamente cheio de “mais do mesmo” e percebi que tudo não se passava de um mero conjunto de velhas histórias. Se a idéia da vida for essa, simplesmente termina aí? O propósito da vida é inexistente? Viver ciclos até cansar, descansar e depois repetir a dose? Mais uma vez um futuro me deixando com uma pulga atrás da orelha. A resposta, acho que só vou ter competência pra enxergá-la daqui alguns anos, com um olhar mais maduro e uma memória carregada de experiências, experiências que eu espero descobrir que foram todas diferentes umas das outras."


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