segunda-feira, 30 de junho de 2014

O “meu”, o “seu”, mas por que não o “nosso”?


            Sem estarmos cara a cara, estamos montando nossos quebra-cabeças. Eu montando o seu e você montando o meu. Estamos fazendo bem um ao outro, mas isso me soa um tanto ineficaz. Ineficaz porque eu acho que podia ser melhor, sem comparação. A história está sendo “escrita” de uma forma em que sei qual será o fim e ele não me agrada. Repito, ele podia ser melhor. Ele ainda pode ser melhor. Podemos virar a esquerda, à direita e até, se formos ousados e corajosos, pegar o retorno sem hesitar. Só precisamos enxergar outros caminhos além daqueles os quais as placas nos guiam. Estou olhando suas peças, dizendo quais parecem erradas, analisando onde colocá-las, quais se encaixam em quais... Por que não pensar se nossas peças não se encaixam? Quem disse que somos dois quebra-cabeças e não, na verdade, um só? Ao invés de olharmos um pro outro, poderíamos olhar pra nós, poderíamos construir, descobrirmos juntos como é o nosso. Estamos seguindo uma viagem talvez sem volta, e quando ela chegar ao fim, quando nossas peças estiverem encaixadas, mas nós desligados um do outro, vamos trocar agradecimentos e ponto final? 

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